segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Como passa rápido!

Outro ano vai, mais um ano vem... E eu passei 2012 sem escrever nada aqui! Estive enrolado com meu doutorado e até planejei mudar o nome do meu blog, mas não pude priorizar nada disso. Bom, já estamos em 2013 e nada melhor que escrever algo completamente novo!

Quase todo domingo, preparamos um almoço especial para nós dois. Nesse final de semana, a Paty resolveu preparar um risoto cremoso de aspargos para acompanhar um filé mignon em molho de vinho. A combinação não é inteiramente nossa criação: havíamos almoçado isso em um restaurante, no início de dezembro, mas a preparação deixou um pouco a desejar. O prato além de gostoso, ficou bonito; tão bonito que resolvemos postar nas redes sociais que participamos; todo mundo queria saber a receita, só que a Paty não faz nada com medidas. É tudo no "olhômetro" mesmo.

Para atender todos nossos amigos que pediram, tentei compilar uma receita com a ajuda dela. Recomendo a todos que pretendem fazê-la, que leiam até o final; uma vez começado o risoto, não tem como parar! Deixem todos os ingredientes a mão, picados, medidos e separados. Tudo fica pronto muito rápido!

Então, vamos em frente!

Para o risoto (rendeu bastante...):

4 ou 5 hastes de aspargos frescos
2 xícaras cheias de arroz para risoto (usamos Carnaroli)
1 1/2 xícaras de vinho branco
2 tabletes de caldo de legumes
3 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 litro de água
100g de alho-poró
100g de queijo Gruyère ralado
80ml de creme de leite fresco
sal e pimenta-do-reino a gosto
cebolete picada a gosto

Para a carne (duas pessoas):

5 escalopes de 150g
manteiga para grelhar
geléia de vinho (Casa da Madeira)
vinagre balsâmico
sal e pimenta-do-reino para temperar

Preparação do risoto

Lave os aspargos e corte as pontas que servirão para a decoração; pique os talos em pequenas rodelas, descartando a parte dura do final e reserve. Pique o alho-poró e a cebolete e reserve. Dissolva os dois tabletes de caldo de legumes em um litro de água quente; mantenha esse caldo em fogo baixo, pois será usado durante todo o cozimento do risoto. Em uma panela grande, derreta duas colheres de sopa de manteiga e refogue o alho-poró picado; quando estiver transparente, acrescente as rodelas de aspargos. Refogue mais um pouco e adicione as duas xícaras de arroz, seguidas das uma e meia xícaras de vinho branco. Deixe o álcool evaporar um pouco e acrescente uma concha do caldo de legumes. Adicione um pouco de sal e pimenta-do-reino e duas colheres de creme de leite fresco. A medida que o arroz for cozinhando, ele vai liberar bastante amido, e por isso é necessário mexer constantemente em fogo baixo, acrescentando um concha de caldo de legumes sempre que ele começar a absorver muito líquido.

Agora é uma questão de sentir o cozimento do arroz; prove de vez em quando para acertar o sal e ver se o arroz já está cozido. Leva uns 15 a 20 minutos, mas nunca deixe de mexer!

Você deve estar se perguntando: o que faço com as pontas dos aspargos que separei para decorar? Antes de terminar o cozimento, coloque-as por cinco minutos no caldo de legumes que você está usando para preparar o risoto. Tem que acertar o tempo para que elas não fiquem cozidas demais, e nem prontas muito antes do risoto.

Preparação do escalope:

Enquanto o marido (ou esposa) mexe o risoto, separe uma frigideira anti-aderente, coloque um pouco de manteiga e frite os bifes previamene temperados, ao seu ponto. Assim que terminar de fritá-los, acrescente na frigideira, em fogo baixo, duas a três colheres de sopa de geléia de vinho Casa da Madeira. Usamos Malbec, mas a Paty acha que Cabernet Sauvignon ficaria mais saborosa. Acrescente uma colher de sobremesa de vinagre balsâmico e deixe reduzir. Quem não achar a geléia, pode preparar uma redução com vinho tinto (1 xícara), açúcar (+/- 1 colher de sopa) e vinagre balsâmico (1 colher de sobremesa).

Finalização do risoto:

Assim que o arroz estiver cozido, ele deverá estar úmido e cremoso. Acrescente mais uma colher do creme de leite fresco, uma colher de sopa de manteiga (não muito cheia) e o queijo Gruyère ralado, mexa bem, apague o fogo, coloque a cebolete e sirva imediatamente!

Decore o prato com as pontas dos aspargos e com o molho do escalope! Sucesso garantido!!

Acreditem: parece complicado, mas é bem simples de fazer, e não leva meia hora. Ao longo do preparo fique atento ao sal: ao acrescentar o creme de leite e o caldo, o arroz certamente precisará de mais sal. Seja cuidadoso, no entanto, pois não há nada pior que risoto salgado!

Bon Appétit!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Energia e matéria

Cientistas do CERN envolvidos nos projetos Atlas e CMS informaram ao mundo que restringiram a faixa onde o boson de Higgs pode estar se escondendo. Esta é a dita "partícula de Deus". Pouca gente sabe, mas a origem deste apelido vem de um livro que se chamaria "The goddamned particle", mas os editores não deixaram o autor usar este nome. Ele então mudou para "The God's Particle", e a moda pegou...

O bóson de Higgs parece estar "escondido" em uma faixa de 115 a 127GeV. Toda vez que vemos o prefixo giga-, pensamos em algo grande, gigante, mas um gigaelétron-volt (GeV) corresponde a uma energia de dois centésimos de milésimos de joule, quase cinco bilionésimos de caloria! Não dá nem para esquentar uma gota de água! Na verdade, a quantidade de energia é imensa quando pensamos na massa estimada destas partículas. Por serem pouco massivas, para as levarmos a velocidades próximas a da luz precisamos de muito pouca energia, mas a eficiência nesta transferência de energia é muito baixa e acabamos precisando de uma verdadeira usina de força para atingir os objetivos. No caso do LHC, são quase 50MW, entre acelerador e resfriamento (criogenia). É um décimo do que se produz, por exemplo em Angra 1, mas o  suficiente para alimentar, digamos, Petrópolis!

Com essa onda toda, os publicitários de araque estão fazendo a festa. Hoje passando em uma banca de jornal no Largo da Carioca, vi uma propaganda que dizia: "Curso (...), um salto quântico no ensino de inglês". Imediatamente pensei: "Claro! Uma energia imensa para um deslocamento infinitesimal". Como diz um colega meu, o publicitário é um cara pago para mentir, e que ganha prêmio para isso!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não morri...

Pois é...Percebi hoje que faz 6 meses desde a minha última postagem. Não foi por falta de tempo, pelo menos não apenas.

Passei os últimos seis meses procrastinando a escrita dos artigos sobre eletrônica que prometi em meu último post, simplesmente por falta de paciência de fazer as figurinhas. Já defini que antes de escrever sobre diodos e transistores, escreverei sobre os teoremas menos conhecidos da eletrônica (superposição, Thevènin, Norton e Tellegen), até por que isso reduzirá consideravelmente as ditas "figurinhas". Eu ia escrever um pouco sobre capacitores e indutores, mas acho que vou falar deles quando for oportuno, pois o divertido na eletrônica são os semicondutores.

Nesses seis meses, acabei reacendendo um hobby meio abandonado: a fotografia. Sempre gostei desse hobby, mas desde a explosão das câmeras digitais não brincava com isso. O motivo: as cameras DSLR eram muito caras, e o que eu conseguia fazer com a minha Sony DSC-P51 e minha Casio Z-120 era muito limitado.

Esse ano, nas minhas férias, finalmente comprei minha DSLR, uma Nikon D3100 como essa:

(foto de Ken Rockwell)

O kit foi completo. Além do corpo da câmera, com uma lente 18-55mm, comprei uma 55-200mm e um flash Nikon SB400. Além disso, comprei alguns livros, para melhorar o nível de minhas fotos, e para ajudar a Paty a publicar suas pequenas criações.



Bom, quem quiser ver algumas fotos, estou as colocando na lista do meu Flickr. Vou tentar postar alguma coisa no Blog antes de dezembro, para não deixar mais ninguém orfão!

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